Bandas antenadas

É de dinheiro que Second Life trata. Apesar de ser grátis aceder ao jogo e roçar ombros com os famosos, pelos menos nas áreas públicas, porque existem zonas privadas, a verdade é que para se ser alguém em Second Life é necessário investir dinheiro real no mundo virtual. Os utilizadores pagam para terem um pedaço de terreno virtual onde erguer a sua mansão, e terão de pagar por tudo o resto que adquirirem virtualmente. Parece coisa de doidos, mas não é. Ou talvez seja. Os Duran Duran anunciaram no Verão passado que queriam comprar uma ilha em Second Life e dar concertos. Nick Rhodes, o baterista da banda, declarou à BBC News que os elementos da banda estavam encantados com a ideia de se tornarem cidadãos de Second Life.
Músicos, artistas, escritores, profissionais das áreas ligadas às novas tecnologias são alguns dos habitantes de Second Life. É necessário ter alguma literacia informática para se progredir neste mundo, pelo que logo aí se cria uma clivagem social entre alguns dos habitantes de Second Life. A própria estrutura do mundo da Linden Lab, organizado como uma espécie de condomínio fechado – ou cadeia de condomínios onde as pessoas se organizam por preferências, actividades, paixões, cria barreiras, como na vida real.