A nova onda é TV no celular.

Uma das vantagens mais subestimadas do iPhone, o novo aparelho do momento da Apple, é sua capacidade de hipnotizar um bebê na terrível idade dos dois anos por tempo suficiente para que os pais se permitam uma pausa para um expresso.
Basta apenas pegar um vídeo no YouTube (os bebês adoram o do cachorro no skate) e colocar a fina tela, de alta resolução, sobre a mesa. Após alguns minutos, acesse outro clipe, o de um homem dançando em lugares exóticos, por exemplo.
A qualidade da "experiência" em vídeo do iPhone sinaliza o caminho que a indústria vislumbra seguir: não apenas clipes, mas televisão ao vivo em telefones celulares. Com exceção de mercados pioneiros na adoção do sistema, como a Coréia do Sul, os consumidores até agora mostraram pouco interesse em assistir TV em seus aparelhos celulares.
Mas, pela lógica, depois de ver a comodidade e a diversão dos clipes no iPhone, eles também vão querer vídeo em seus aparelhos.
A consultoria IDC prevê que 24 milhões de pessoas nos Estados Unidos assistirão a vídeos em seus telefones celulares até 2010, em comparação com os atuais 7 milhões.
A Comissão Européia estima que a TV móvel vai gerar vendas globais entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões em 2009.
Muitas operadoras já oferecem algum tipo de serviço televisivo e o cobram na conta mensal.
Outros acreditam que a publicidade é a grande oportunidade comercial, da mesma forma como vem sendo na televisão da velha-guarda.
É por isso que no mês passado a Nielsen, uma empresa dos EUA que monitora a audiência televisiva, comprou a Telephia, que acompanha o uso dos telefones celulares.
Para as redes de TV, que já tentam adaptar-se aos espectadores que querem ver a programação não apenas em seus televisores, mas também em telas de computador, a iniciativa significa mais agitação. "Temos uma audiência em três telas", diz Chris Drake, chefe da unidade de negócios móveis da the Platform, que pertence à Comcast, maior empresa de serviços a cabo dos EUA.
O mesmo acontece com as demais companhias do setor. Em maio, a AOL, da Time Warner, maior empresa de mídia do mundo, comprou uma empresa chamada Third Screen Media, que possibilita anúncios em telefones celulares.
Giuseppe Zocco, um capitalista de risco da Index Ventures, diz que suas pesquisas indicam que as pessoas assistem à TV móvel em casa e no escritório e enquanto se locomovem no trânsito. Ele investiu no Joost, que permite às pessoas assistirem TV em seus computadores, e na Telegent, fabricante chips que permitem a recepção de transmissões de TV nos telefones celulares.

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